PROGRAMAÇÃO

Prédios de São Paulo

O Museu da Casa Brasileira realiza, no dia 16 de junho às 19h30, com entrada gratuita, o lançamento do livro Prédios São Paulo. Durante o evento, haverá uma mesa-redonda com Matteo Gavazzi, idealizador do projeto, e os fotógrafos Milena Leonel e Emiliano Hagge, que irão contar detalhes da execução do livro, iniciada em 2014: as andanças realizadas, os processos de captura das imagens e curiosidades sobre as histórias dos prédios. O livro será vendido na ocasião. 
Viabilizada por meio de financiamento coletivo, a publicação apresenta prédios emblemáticos de São Paulo, exaltando a história da cidade e atraindo atenção para um patrimônio que muitas vezes não é devidamente reconhecido. Segundo seu idealizador, a missão do projeto é mostrar a história da arquitetura de São Paulo por meio de seus prédios mais representativos. Em 228 páginas, por meio de um acervo de 350 imagens dos fotógrafos Milena Leonel e Emiliano Hagge, retrata 42 construções paulistanas, como os edifícios Copan, Viaducto, Martinelli e Cinderella (leia mais sobre esses prédios abaixo, em trechos extraídos do site do projeto Prédios de São Paulo). Com formato de 22cm x 21cm e capa dura, o livro traz textos de Matteo Gavazzi, Ana Clara Queiroz, Mariana Cazaroli Luciene Tenório e Julia Urrutia.
Edifício Viaducto
O edifício Viaducto se encontra ao lado do viaduto da Santa Ifigênia e vive com ela em simbiose, os dois se unem na paisagem de maneira muito natural. Tanto isso é verdade que há algumas sobrelojas do edifício que se abrem para o viaduto em uma perfeita integração. O edifício foi construído a pedido do Conde de Lara em 1936, com base no projeto de Alexandre Albuquerque, que escolheu linhas clássicas simplificadas que remetem à tradição neoclassica francesa.
Cinderela
O Cinderela, projetado pelo arquiteto João Artacho Jurado, foi inaugurado em 1956 e fica na rua Maranhão 163; tem dois blocos de 10 andares, com 2 apartamentos por andar, totalizando 40 moradias de 2 dormitórios. Ele aparenta ter 1 apartamento por andar por causa das varandas que seguem todo o andamento da fachada,  característica essa que Jurado usara em outras construções como o “Verde Mar” em Santos. Quando o edifício ficou pronto João Artacho Jurado se transferiu do Ed. Piauí, também de sua autoria, para o Cinderela junto com sua esposa. O apartamento de Jurado era composto por duas unidades, ocupando assim um andar inteiro. 
O salão de festas fica no teto do edifício onde há a comunicação entre os dois blocos feita por meio de um amplo terraço jardim.  Hoje, é um dos sonhos de consumo de quem ama Higienópolis, mas vale lembrar que este foi um dos prédios de Jurado que não emplacou 100% de vendas de primeira. Seus apartamentos foram anunciados por muito tempo em jornais da época como era comum de se fazer para tentar vendê-los.
Copan
Projetado por Oscar Niemeyer em 1951, o Copan foi concebido para ser o ícone do IV centenário da cidade de São Paulo. A construção é o maior edifício residencial do mundo, recorde atestado pelo Guinness Book. São 120 mil metros dispostos em 6 blocos que formam uma única massa construída. 
O Copan tem 1160 aptos de 30 a 180 m2 e 70 salas/lojas no térreo, incluindo restaurantes e “points” da cidade como o “bar da dona Onça” de propriedade da chef de cozinha Janaina Rueda, que mora também no próprio edifício. Ao todo, tem mais de 5 mil habitantes que produzem cerca de 3 toneladas de lixo por dia. Uma pequena cidade dentro da cidade. Curiosidade: suas obras demoraram mais de 10 anos e várias construtoras faliram para deixar ele de pé…
Edifício Martinelli
Construído pelo imigrante italiano Giuseppe Martinelli, o edifício Martinelli foi concebido para ser o mais alto arranha-céu da América do Sul. Planejado para alcançar a barreira dos 100 metros de altura, em uma estrutura não apenas alta como significativamente larga, o Edifício Martinelli marca a transição para a era dos arranha-céus. Em 1924 foi iniciada a construção do prédio projetado para ter 12 andares, em um grande terreno na então área mais nobre da capital, entre as ruas São Bento, Líbero Badaró e Av. São João. O autor do projeto era o arquiteto húngaro William Fillinger, da Academia de Belas Artes de Viena.  Os detalhes da rica fachada foram desenhados pelos irmãos Lacombe, que mais tarde projetariam a entrada do túnel da Av. 9 de Julho. 
Martinelli não parava de acrescentar andares ao edifício, estimulado pela própria população que lhe pedia uma altura cada vez maior – de doze passou para catorze, depois dezoito e em 1928 chegou a vinte. Quando o prédio atingiu vinte e quatro andares, foi embargado, por não ter licença e desrespeitar as leis municipais. A questão foi parar nos tribunais e uma comissão técnica limitou a altura do prédio a 25 andares. O objetivo de Martinelli, contudo, era chegar aos 30 andares, e o fez construindo sua nova residência com cinco andares no topo do prédio – tal como Gustave Eiffel fizera no topo de sua torre. Reza a lenda que o fato do Conde Martinelli ter construído sua residência no topo do edifício foi para demonstrar a confiança sobre a segurança do prédio.

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