Shoko Suzuki, 50 anos de cerâmica
Curadoria e montagem: Roberto Akinawa
Ceramista e artista plástica, Shoko Suzuki expôs no Museu da Casa Brasileira mais de 100 obras garimpadas entre colecionadores e algumas poucas atuais, recém saídas do forno especialmente para essa mostra, numa retrospectiva de seus 50 anos de cerâmica.
Nascida em Tóquio, onde fez sua primeira exposição aos 26 anos, Shoko Suzuki chegou ao Brasil em 1962 e aqui permaneceu.
A trajetória desta artista é de riqueza ímpar e a sua contribuição à cerâmica brasileira é indiscutível, pois ela trouxe de sua herança japonesa dois vigorosos vetores. O primeiro, é a busca da perfeição formal, traduzido no cuidado da concepção, do modelado e da queima, no estudo continuado da técnica. E o segundo vetor está na sua permanente reflexão sobre o significado da cerâmica e da arte e na sua decidida opção pela linguagem. O trabalho de Shoko Suzuki é uma discussão sobre a perfeição da forma, os limites da técnica e o alcance possível da arte como elemento construído da intuição e do saber. À sua maneira silenciosa, na sua discrição, a artista Shoko Suzuki estabeleceu um padrão de excelência que emociona os que buscam na arte uma efetiva elevação da sensibilidade e alargamento da percepção.
A mostra teve programação paralela com apresentações de Moc Ka Do (palavra que significa terra, fogo e madeira), uma performance de dança junto às peças de cerâmica, remetendo a pedras esculpidas pela natureza, com direção geral e preparação corporal de Toshi Tanaka.