PROGRAMAÇÃO

MOSTRA | INDEPENDÊNCIAS: CASAS E COSTUMES NO BRASIL

Fotos: Vinicius Stasolla

Em cartaz de 23 de setembro a 27 de novembro de 2022.

No ano do bicentenário da Independência do Brasil, o Museu da Casa Brasileira, instituição administrada pela Fundação Padre Anchieta, abriu para o público a exposição ‘Independências: Casas e Costumes no Brasil’. A mostra apresentou um retrato da cultura material brasileira junto a registros das diferentes arquiteturas ligadas às três matrizes culturais que constituem a base de nossa formação sociocultural: a do colonizador português, a dos africanos e a dos indígenas.

Organizada no contexto de lançamento da série IndependênciaS da TV Cultura, a mostra propôs uma relação entre móveis, objetos e artefatos, com roupas e indumentárias selecionadas a partir dos figurinos produzidos para as gravações dos episódios. Um recorte que inclui desde as roupas características da corte imperial – criadas pelo estilista Alexandre Herchcovitch -, àquelas das distintas etnias chegadas pelo tráfico de africanos escravizados, elaboradas pela pesquisadora e figurinista Jennifer Ramos dos Santos, passando pelo conjunto de peças e indumentárias dos povos originários.

O conteúdo da mostra foi organizado por Giancarlo Latorraca, diretor técnico do MCB, em diálogo com as equipes técnicas do Museu, contando com a participação curatorial da historiadora especialista na História da escravidão e das Relações raciais nas Américas, Ynaê Lopes para o módulo da afrobrasilidade e do escritor, ambientalista e tradutor Kaká Werá Jecupé para o módulo dos povos originários; ambos também trabalharam como revisores críticos do roteiro da série da TV Cultura.

“Essa exposição sinalizou um ótimo caminho de interação entre a Fundação Padre Anchieta e o Museu da Casa Brasileira, por propor um alinhamento de abordagem cultural nos respectivos campos de atuação, o da comunicação da televisão e o museológico” comenta José Roberto Maluf, Presidente da Fundação Padre Anchieta.

“Para o MCB, que se compromete a contar a história da nossa cultura por meio dos objetos, em uma leitura expandida para os campos do design e da arquitetura, essa mostra marca um ponto de inflexão importante na necessária revisão sobre a representatividade da casa brasileira memorizada historicamente pela instituição”, diz Giancarlo Latorraca.

Outro ponto importante da exposição “Independências: Casas e Costumes no Brasil” foi a apresentação de uma linha do tempo com enfoque nos movimentos sociais invisibilizados pelas narrativas da historiografia oficial: conflitos e revoltas com protagonismo dos povos indígenas, da população afrodescendente, de mulheres e das camadas populares como um todo.

A mostra foi uma oportunidade para se conhecer um pouco da história das origens do desenho da materialidade cultural brasileira, sua variedade de formas de habitar, de vestir e de construir objetos que espelham as múltiplas identidades sociais ligadas ao período das lutas por independência no país, desde o final do século XVIII até a abolição da escravatura, em 1888.

Confira como foi a abertura:

 

Fotos: Nadja Kouchi

Programação paralela: 

– Instrumentos Musicais na Casa Brasileira – Concertos comentados
No contexto das celebrações do bicentenário da Independência do Brasil, o Museu da Casa Brasileira com curadoria da cantora e pesquisadora Anna Maria Kieffer e ambientação de João Malatian, lançou o projeto ‘Instrumentos Musicais na Casa Brasileira – Concertos comentados’. A proposta, que ocorreu em paralelo à exposição ‘Independências: casas e costumes no Brasil’, abordou principalmente a música e os instrumentos ouvidos na casa brasileira, desde a chegada da família real até a abdicação de D. Pedro I.No formato de três concertos comentados, as apresentações foram executadas com instrumentos de época. Confira abaixo como foi.

 

– Painel Reverberações 

 

– Roda de Conversa | Das Áfricas às Diáporas

O Educativo MCB em parceria com o projeto Visto África, inauguraram o pátio central do Museu da Casa Brasileira com a roda de conversa ‘Das Áfricas às Diásporas’, uma programação paralela à exposição ‘Independências: Casas e Costumes no Brasil’.

No palco, o artista, ator e professor natural da Guiné-Bissau Vensam Ialá e o escritor, poeta e artista angolano Ermi Panzo, conduziram o bate-papo com o público. Eles comentaram da importância de reescrever a história da África a partir dos próprios Africanos, para dar início a desconstrução da narrativa baseada em estereótipos que inferiorizam e negligenciam a história real dos povos africanos e seus descendentes nas mais diversas diásporas. Além disso, falaram dos preconceitos existentes, questões linguísticas, ancestralidade, espiritualidade e como o projeto Visto África surgiu.

 

Destaques na mídia

Online

Rádio 

 

Programa Articulando – TV PUC

Apresentação Douglas Canjani, professor

Sobre Giancarlo Latorraca
Diretor técnico do Museu da Casa Brasileira. Arquiteto, atualmente, é doutorando pelo Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, na área de Design, com linha de pesquisa sobre teoria e história do design e orientação da Professora Dra. Maria Cecilia Loschiavo dos Santos.

Sobre Ynaê Lopes
Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (2012), Mestre em História Social pela Universidade de São Paulo (2007), bacharel e licenciada em História pela USP (2002). Atualmente é Professora Adjunta no Instituto de História da Universidade Federal Fluminense – UFF. Realiza Pesquisa na aérea de História da América, com ênfase em Escravidão Moderna e Relações Étnico-Raciais nas Américas, atuando principalmente nos seguintes temas: escravidão, América ibérica, formação dos Estados Nacionais, cidades escravistas, relações étnicas raciais e ensino de história. Atualmente faz parte do Comitê Executivo do BRASA e é uma das Editoras da Revista Tempo -UFF.

Sobre Kaká Werá
Notabilizou-se pelo empreendedorismo social; desenvolvendo projetos sustentáveis, criando tecnologias sociais que aliaram arte, valorização de culturas e cooperatividade. Tornou-se um dos precursores da literatura indígena no Brasil e uma autoridade na difusão dos saberes e valores ancestrais. Destaca-se hoje no desenvolvimento de pessoas e como facilitador de processos de autoconhecimento, tendo por base a sabedoria da tradição tupi-guarani. Aprofunda e amplia seus estudos unindo a experiência pessoal, à antropologia cultural e às iniciações espirituais em filosofias ancestrais do ocidente e oriente.
Sua trajetória é marcada pelo desenvolvimento de projetos e ações em ecologia, sustentabilidade e responsabilidade social em empresas e instituições como Natura, Cia Suzano, Bovespa, entre outras.  É Integrante do Colégio Internacional dos Terapeutas (CIT) e educador na Unipaz (Universidade Holística da Paz) há mais de 20 anos.

SERVIÇO:
Exposição ‘Independências: Casas e Costumes no Brasil’
De 23 de setembro a 27 de novembro de 2022
Apoio Cultural: Quanta
Realização: Fundação Padre Anchieta e Museu da Casa Brasileira.

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