PROGRAMAÇÃO

MOSTRA | SANTOS = DUMONT DESIGNER – 2009

#EXPOSIÇÕESMCB

2009 foi o centenário do Demoiselle nº 20, primeiro avião produzido em série

Em cartaz de 25 de março a 03 de maio de 2009. 

Com recursos multimídia e filmes de época, o Museu da Casa Brasileira, abriu em março de 2009, a mostra “Santos=Dumont designer”, que revelava Alberto Santos Dumont (1873-1932) como o pioneiro do design de produto no Brasil e permitiu aos visitantes pilotarem em simuladores de voo o 14 Bis e o Demoiselle, que nesse ano comemorou o centenário como o primeiro avião a ser produzido em série no mundo. Havia uma animação da experiência de Santos Dumont com o triciclo e a reconstituição do voo do Dirigível nº 6, cuja façanha foi dar a volta ao redor da torre Eiffel, além de filmes do 14 Bis de época e de sua mais fiel reconstituição. Em uma das 12 telas LCD, havia o projeto em 3D do 14 Bis e, em outra, do Demoiselle. A animação da Cavalgada Patriótica, quando Santos Dumont teve a iniciativa de pedir a desapropriação da área para criar o Parque Estadual de Iguaçu, era outro destaque da mostra.

Expografia da Mostra

Com concepção e montagem do artista Guto Lacaz, a exposição recriou no jardim  do MCB o ambiente do Campo de Bagatelle, em Paris, com a fuselagem e o leme de um 14 Bis em tamanho real, no qual os visitantes puderam interagir e ter a visão que SD tinha ao pilotar. Também havia originais testes de equilíbrio e demonstração cênica de dois voos históricos do 14 Bis. No interior do museu, tinham modelos em escala dos aviões 14 Bis e Demoiselle voando dentro de dois túneis de vento. Duas centenas de miniaturas do Demoiselle, número estimado de sua produção em série, compuseram um céu cenográfico. Havia ainda o modelo em escala do Dirigível nº 6 nas proximidades de uma torre Eiffel estilizada, instalada numa base giratória.

Registros Divulgados na Mostra

“O Brasil tem uma curiosa tradição em aeronáutica. Na mostra, uma tela com a imagem de Bartolomeu Lourenço de Gusmão, natural de Santos, fez uma homenagem ao inventor do balão quente”, contou Guto Lacaz, o artista multimídia que concebeu uma cenografia capaz de traduzir para o público a genialidade e inventividade de Santos Dumont. “Cem anos mais tarde nasce Santos Dumont, que iria resolver o problema da dirigibilidade. Atualmente, o Brasil possui uma indústria brasileira de aviação com tecnologia de ponta”.

Abertura da Mostra

A exposição Santos=Dumont designer foi realizada em 2006 com grande sucesso no MCB, tendo recebido público de 42.000 visitantes; é sempre lembrada por quem a viu e lamentada por quem apenas ouviu falar. Muitos visitantes presentearam Guto Lacaz com novos documentos e também outros admiradores de Santos Dumont apresentaram os resultados de suas pesquisas na forma de filmes e livros. Esse aprimoramento coletivo e o patrocínio da 3M do Brasil traz “Santos=Dumont designer” de volta ao MCB mais dinâmica e com muitas novidades. “Para a 3M, uma empresa reconhecida pela inovação, é motivo de orgulho patrocinar esta exposição, que destaca o lado criativo e inovador de Santos Dumont, um dos grandes exemplos da inventividade brasileira”, comenta Luiz Eduardo Serafim, gerente de Marketing Corporativo da 3M do Brasil.

Abertura da Mostra

O projeto da mostra envolveu nomes como Fernando Martini Catalano, PhD em aerodinâmica, professor de Engenharia Mecânica da USP – São Carlos; Henrique Lins de Barros, físico e pesquisador titular do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, no Rio de Janeiro, e o mestre François Durant, responsável pelos modelos em escala, a quem a exposição homenageou in memorian. A empresa Elo3 Integração Empresarial, realizadora da mostra, coordena ainda toda a produção do projeto.

A grafia do nome escolhida por Guto Lacaz vem da reprodução de uma assinatura do próprio aviador. Descendente de franceses por parte do pai e de brasileiros por parte da mãe, Alberto gostava de expressar que, em sua visão, ambas as nacionalidades tinham igual peso. Em alguns momentos agregou os dois sobrenomes com um hífen (Santos-Dumont), em outros colocou o sinal de igual (Santos=Dumont).

Entrevista com Guto Lacaz

Uol

Animações e filmes em 12 telas LCD
• Animação com o triciclo, a primeira experiência de Santos Dumont com a possibilidade de voar. O modelo em escala de um triciclo movido a petróleo suspenso numa árvore prova que o motor a gasolina poderia ser utilizado em um dirigível.

• Reconstituição do Dirigível nº 1, o primeiro dirigível a utilizar o motor a explosão com sucesso.

• Reconstituição do Dirigível nº 6 com o qual, em 19 de outubro de 1901, Santos Dumont provou que o homem podia controlar o seu deslocamento pelos ares e conquistou o Prêmio Deutsch.

• Filme de época do voo do Balão nº 9 (1901-1905), quando Santos Dumont bateu num prédio em Paris e precisou ser resgatado.

• Filme de época da Pipa nº 14, puxada por um barco e que serviu de inspiração para o 14 Bis.

• Filme de época do voo do 14 Bis e filme do voo da réplica mais perfeita, construída por Alan e Aline Calassa. No dia 23 de outubro de 1906, o 14 Bis voou pela manhã, quando Santos Dumont não conseguiu vencer a prova. No mesmo dia à tarde, o 14 Bis chegou a voar 60 metros, o primeiro voo de um objeto mais pesado que o ar.

• Filme de época da Lancha nº 18.

• Filmes de época dos voos de nº 19 e 20.

• Animação do Conversor Marciano, que era um motor para ser colocado nas costas dos esquiadores e que através de cabos produzia o movimento oscilatório nos esquis. Assim, o esquiador se deslocava sem esforço. Santos Dumont leu em HG Wells que em Marte o movimento oscilatório era muito utilizado pelos marcianos.

• Projeto em 3D do 14 Bis.

• Projeto em 3D do Demoiselle. Seu primeiro modelo (nº 19) voou em 1907, sendo desenvolvido até 1909 (nº 20). Santos Dumont havia posto à disposição de quem quisesse os planos e detalhes do Demoiselle, pois ele não patenteava suas invenções, que deveriam ser partilhadas por toda a humanidade. O Demoiselle foi fabricado por diferentes empresas (pelo menos duzentas unidades foram construídas). Este aparelho era o meio de transporte pessoal preferido do inventor em visitas a amigos, ao redor de Paris. O Demoiselle – que recebeu esse nome por sua graciosidade e semelhança com as libélulas – foi o primeiro avião popular.

• Animação da Cavalgada Patriótica, de 1916, quando Santos Dumont viajou pela Argentina e chegou a Foz do Iguaçu, onde descobriu que o local era propriedade privada de Jesus Val, espanhol residente no Paraguai. No dia 7 de abril, partiu a cavalo pela linha telegráfica. Viajou durante seis dias até Guarapuava, onde conseguiu um carro para ir até Ponta Grossa. De trem, chegou a Curitiba no dia 5 de maio. Pediu ao presidente do Estado do Paraná, Affonso Camargo, para desapropriar o local. Em 28 de julho de 1916 foi criado o Parque Estadual do Iguaçu.

• Simuladores de voo do 14 Bis e do Demoiselle

• Haviam dois simuladores para cada um dos aviões e os visitantes puderam pilotar com o uso de joysticks.

Túneis de vento
Na sala central do MCB, tinham dois túneis de vento. Num deles, estava o modelo em escala do 14 Bis. Como se podia observar, seu voo parecia ser em marcha-ré, exatamente como aconteceu no dia 23 de outubro de 1906 no Campo de Bagatelle, em Paris. No outro túnel de vento, estava o modelo nº 19 em escala do Demoiselle, de 1907.

Sobre o MCB
O Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo que completou 50 anos em 2020, dedica-se à preservação e difusão da cultura material da casa brasileira, sendo o único museu do país especializado em arquitetura e design. A programação do MCB contempla exposições temporárias e de longa duração, com uma agenda que possui também atividades do serviço educativo, debates, palestras e publicações contextualizando a vocação do museu para a formação de um pensamento crítico em temas como arquitetura, urbanismo, habitação, economia criativa, mobilidade urbana e sustentabilidade. Dentre suas inúmeras iniciativas destacam-se o Prêmio Design MCB, principal premiação do segmento no país realizada desde 1986; e o projeto Casas do Brasil, de resgate e preservação da memória sobre a rica diversidade do morar no país.

Museu da Casa Brasileira
Av. Brig. Faria Lima, 2705 – Jardim Paulistano
Tel.: +55 (11) 3032.3727

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