PROGRAMAÇÃO

Fotos: Mariana Chama

#MCBEMCASA

Em cartaz de 13 de agosto a 20 de setembro de 2009. 

Como parte das comemorações do Ano França-Brasil, a exposição reuniu 22 produtos de cada país e apresentou obras realizadas por designers franceses e brasileiros desde o início do século XX, como a Chaise longue LC4, de Le Corbusier, Pierre Jeanneret e Charlotte Perriand; a calçada de Copacabana, com redesign de Roberto Burle Marx; a caneta Bic; as sandálias Havaianas; o espremedor de frutas Juicy Salif, de Philippe Starck; e a poltrona Mole, de Sergio Rodrigues.

Confira registros da abertura da exposição, que ocorreu em 13 de agosto de 2009: 

Com curadoria do francês Cédric Morisset e da brasileira Adélia Borges, a mostra destacou a presença do design no cotidiano das pessoas e propõe a reflexão sobre a presença dos objetos na construção da memória individual e coletiva, e questiona sobre o que confere a um objeto o título de ícone.

“Os ícones sempre provocam a adoração tanto quanto o ódio”, afirma o curador francês, que indaga: “O que confere o estatuto de ícone a um objeto? A história? O sucesso comercial? A notoriedade? A escolha e o reconhecimento dos aficionados?”. Sua resposta: “Sem dúvida, tudo isto simultaneamente. Mas também, sem dúvida, a capacidade do objeto de marcar simbólica e visualmente a sua época, ao mesmo tempo em que relega seu valor de uso a uma posição secundária”.

Confira os destaques na mídia sobre a exposição:

O Estado de S. Paulo | Jornal do Commercio

Em seu trabalho de curadoria, Adélia Borges afirmou ter privilegiado os produtos que apresentaram no decorrer dos anos uma grande penetração no dia a dia dos brasileiros e aqueles cuja criação foi importante para a história de nosso design. “O amplo espectro dos segmentos envolvidos na mostra dá uma ideia da extensão da presença do design no dia a dia da vida das pessoas, e da capacidade que os objetos têm de expressar o tempo e o lugar em que são feitos, comunicando-se com seu público para além de sua estrita funcionalidade”, disse Adélia Borges.

Já Cédric destacou que “a mostra apresenta símbolos marcantes da criação francesa e sua capacidade de quebrar os códigos estabelecidos, reinterpretá-los, de estar bem com seu tempo ou de antecipar sua época, com a mesma vontade de servir, de seduzir e de surpreender”. Também pretende questionar a relação com a imagem mais onipresente do que nunca no universo do design, bem como em nossas sociedades ocidentais de uma forma muito mais ampla.

Confira a lista dos ícones franceses abaixo:

Chaise longue LC4, Le Corbusier, Pierre Jeanneret, Charlotte Perriand, 1928 – Cassina 1964
Cadeira standard, Jean Prouvé, 1934 – Vitra 2002
Cadeira A Tolix, Xavier Pauchard, Tolix – 1934 puis 1986
Panela de pressão Cocotte-minute Seb, SEB – 1953
Caneta Stylo BIC, Marcel Bich, stylo BIC – 1950
Luminária Trois Bras, Serge Mouille, Editions Serge Mouille – 1953
Carro Peugeot 403, Pininfarina, Peugeot – 1955
Cadeira Ribbon, Pierre Paulin, Artifort – 1966
Chaise longue Djinn, Olivier Mourgue, Airborne International – 1965
Avião Concorde, Sir Archibald E. Russell /Pierre Satre/Bill Strang/Lucien Servanty – 1967
Banquinho Tam Tam, Henry Massonnet, Branex – 1968
Sofá Togo, Michel Ducaroy, Ligne Roset – 1973
Espremedor Juicy Salif, Philippe Starck, Alessi –1990
Escova de dentes, Philippe Starck, Fluocaril – 1990
Banquinho Bubu, Philippe Starck, 3 Suisses – 1991 / XO –1996
Copo Perrier, Martin Szekely, Perrier – 1996
Poltrona La Marie, Philippe Starck, Kartell –1998
Cadeira Rainbow, Patrick Norguet, Cappellini – 2000
Divisória modulável Algues, Ronan et Erwan Bouroullec, Vitra – 2004
Relógio Mach 2000, Roger Tallon, LIP – 1974
Conjunto de taças Um parfait, Philippe Starck, Coleção Darkside, Baccarat – 2005
Mobilete E-solex, Groupe Cible – Cible – 2006

Confira abaixo algumas das peças francesas:

Confira a lista dos ícones brasileiros abaixo:

Avião Demoiselle, 1907, Santos Dumont
Cadeira 3 Pés, 1942, Joaquim Tenreiro
Copo Americano1947, Nadir Figueiredo
Banqueta Z, c. 1949, Zanine Caldas
Poltrona Bowl, 1951, Lina Bo Bardi
Poltrona Mole, 1957, Sergio Rodrigues
Cadeira Paulistano, 1957, Paulo Mendes da Rocha
Sandálias Havaianas, 1962, Alpargatas
Estante Peg Lev, 1968, Michel Arnoult
Calçada de Copacabana, 1971,redesign Burle Marx
Talheres infantis Comer Brincando, 1975, Bornancini & Petzold
Orelhão (cabine telefônica), 1971, Chu Ming Silveira
Balde de gelo Eva, c. 1975, Jorge Zalszupin, Paulo Jorge Pedreira e Oswaldo Mellone
Cadeira Vermelha, 1983, Fernando e Humberto Campana
Cadeira São Paulo, 1982, Carlos Motta
Luminária Eclipse, 1991, Mauricio Klabin
Ventilador Spirit, 2001, Indio da Costa A.U.D.T – Guto Indio da Costa e Martin Birtel
Jato executivo Legacy, 2001, Embraer
Sapatilha e bolsa Melissa, desde 2004, Fernando e Humberto Campana
Luminária Bossa, 2005, Fernando Prado
Biquini, desde os anos 1970
Rede de dormir – pelo menos desde 1500

Confira abaixo algumas das peças brasileiras:

Após a temporada no Museu da Casa Brasileira, a mostra foi apresentada no Paço Imperial, no Rio de Janeiro.

Realização: Tisara Arte Produção

Sobre o MCB
O Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo que completa 50 anos em 2020, dedica-se à preservação e difusão da cultura material da casa brasileira, sendo o único museu do país especializado em arquitetura e design. A programação do MCB contempla exposições temporárias e de longa duração, com uma agenda que possui também atividades do serviço educativo, debates, palestras e publicações contextualizando a vocação do museu para a formação de um pensamento crítico em temas como arquitetura, urbanismo, habitação, economia criativa, mobilidade urbana e sustentabilidade. Dentre suas inúmeras iniciativas destacam-se o Prêmio Design MCB, principal premiação do segmento no país realizada desde 1986; e o projeto Casas do Brasil, de resgate e preservação da memória sobre a rica diversidade do morar no país.

Museu da Casa Brasileira
Av. Brig. Faria Lima, 2705 – Jardim Paulistano
Tel.: +55 (11) 3032.3727