Projeção do documentário A família Braz e debate
Como parte da reflexão sobre o tema da mostra Casas do Brasil, será realizada a projeção do documentário “A família Braz”, de Dorrit Harazim e Arthur Fontes, seguido de debate sobre o morar do brasileiro.
O filme foi feito em Brasilândia, terceiro maior distrito da cidade de São Paulo, onde mora Seu Antonio, dona Maria e os quatro filhos, retrato do brasileiro médio urbano que habita na vasta periferia da capital – uma massa de quase seis milhões de pessoas que tocam a vida no anonimato das estatísticas. O documentário abre o leque para dois personagens coadjuvantes: a casa e o carro.
“A exibição do documentário é muito pertinente à exposição Casas do Brasil, que, mais do que a arquitetura, a materialidade da ‘casca’, quer falar de como o brasileiro mora”, diz Adélia Borges, diretora do MCB. “Se na exposição temos casas de outros estados, através do filme vamos trazer um exemplo da periferia de São Paulo, com tudo o que ele tem de particular e de universal”.
Após a projeção haverá uma conversa sobre o documentário, com a participação de Dorrit, membros da família Braz, e do crítico de arquitetura Guilherme Wisnik.
Guilherme Wisnik é formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, em 1998, e mestre em História Social pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da mesma, em 2003. Professor na Universidade Anhembi Morumbi, colunista do jornal Folha de S. Paulo e roteirista do longa-metragem “O risco – Lucio Costa e a utopia moderna”, de Geraldo Motta Filho (prêmio especial do júri no Festival de Gramado, 2003). Publicou os livros “Lucio Costa”, na série “Espaços da Arte Brasileira” (Cosac Naify, 2001), e “Caetano Veloso”, na série “Folha Explica” (Publifolha, 2005).
Dorrit Harazim é jornalista e documentarista. Como jornalista testemunhou boa parte dos acontecimentos mundiais das últimas três décadas, da Guerra do Vietnã e Golpe militar no Chile, em 1973, aos atentados terroristas do 11 de setembro, em 2001. Escreve para O Globo e é editora da revista Piauí. Como documentarista, dirigiu e roteirizou a série Travessias. São de sua autoria os argumentos do documentário A Família Braz, com direção de Arthur Fontes, e Passageiros, com direção de Izabel Jaguaribe. Atualmente dirige o documentário Gene Kelly está vivo (título provisório).
Arthur Fontes tem mestrado em Film Production pela New York University. Dirigiu “Eva” e “Amparo”, dois dos oito episódios da série “Mandrake”. Dois dos seus projetos como documentarista, as séries “Futebol” (1998) – dirigido em parceria com João Moreira Salles – e “Seis Histórias Brasileiras concorreram ao Emmy Internacional de Melhor Documentário do Ano.
Gratuito com vagas limitadas, por ordem de chegada
Data: 6/11/06, às 19h45