PROGRAMAÇÃO

Casas do Brasil 2014 Sobrevivências – uma exposição sobre vivências: Carandiru

Casas do Brasil 2014 Sobrevivências – uma exposição sobre vivências: Carandiru
O Museu da Casa Brasileira lança no dia 16 de maio, sábado às 11h, o catálogo da exposição Casas do Brasil 2014 – SOBREVIVÊNCIAS/ uma exposição Sobre Vivências: Carandiru, com entrada gratuita. No mesmo dia, às 14h30, a curadora Maureen Bisilliat conduzirá uma visita especial à exposição, acompanhada por Luiz Alberto Mendes, ex-detento autor do livro “Memórias de um sobrevivente” (Companhia das Letras). As inscrições para a visita especial são gratuitas, sujeitas à disponibilidade de vagas, e podem ser feitas pelos contatos: (11) 3026.3913 ou agendamento@mcb.org.br.
Assim como a exposição, que fica em cartaz até 17 de maio, o catálogo é dividido por módulos temáticos, como limpeza, comida, esporte, religião, celas, saúde, silêncio, solidão, e o dia a dia no presídio do Carandiru. Em edição bilíngüe (português/ inglês), a publicação traz depoimentos de ex-detentos, textos de colaboradores da exposição no MCB, como o jornalista André Caramante e o antropólogo Luiz Eduardo Soares, além da transcrição da entrevista feita por ocasião da mostra pela curadora Maureen Bisilliat com o Dr. Drauzio Varella, que trabalhou na penitenciária por 13 anos antes de sua demolição em 2002. 
A mostra, que em sua última semana em cartaz terá a inclusão do vídeo da entrevista com o Dr. Drauzio Varella, é a sexta edição de Casas do Brasil, projeto que propõe a formação de um inventário sobre a diversidade do morar no país. Com curadoria de Maureen Bisilliat, revela soluções encontradas pelos detentos para as condições de vida enfrentadas no cotidiano do presídio. A iconografia utilizada foi produzida pela equipe coordenada por Sophia Bisilliat e André Caramante entre 2001 e 2002, últimos anos de funcionamento da Casa de Detenção Professor Flamínio Fávero (Carandiru), antes de sua demolição. Para que este registro fosse feito, antes de dar início a qualquer documentação efetiva, foi necessária a presença passiva dos entrevistadores, entre abril e outubro de 2001, nos espaços internos da detenção. Em outubro de 2001 – dada a permissão de circular livremente (dentro dos limites do possível) nos pátios, celas e corredores –, Sophia e André iniciaram o trabalho de documentação. Juntaram-se a eles João Wainer para fotografar e Maureen Bisilliat para gravar em vídeo detalhes do cotidiano do presídio.
A equipe coletou peças do dia a dia, que formam um recorte das ferramentas e utensílios improvisados pelos detentos: fornos, ferros, filtros, facas, que, na mostra do MCB, podem ser vistos fisicamente e em imagens de Renato Soares. São apresentados objetos e arranjos interiores produzidos como “resistência cultural”, feitos criativamente em condição de extrema limitação. Complementam o conteúdo expositivo fotografias de Andreas Heiniger de portas e celas, revelando diferentes aspectos decorativos e estruturas sociais adotadas pelos internos residentes da detenção.
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Mar. al sol de 10 a.m. a 6 p.m.

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