“Imagine uma tecnologia tão avançada de registro de informações que seu produto possa ser carregado debaixo do braço, dobrado, amassado e, de tão barato, possa ser jogado fora assim que perder a serventia.”
Carlos Rydlewski – Veja 21/07/2004
Antes da invenção do papel, o homem se utilizava de diversas formas para se expressar por meio da escrita. Na Índia, eram usadas as folhas de palmeiras. Os esquimós utilizavam ossos de baleia e dentes de foca. Na China escrevia-se em conchas e em cascos de tartarugas. As matérias primas mais famosas e próximas do papel foram o papiro e o pergaminho. O papiro, foi inventado pelos egípcios e apesar de sua fragilidade, milhares de documentos em papiro chegaram até nós. O pergaminho era muito mais resistente, pois se tratava de pele de animal, geralmente carneiro, bezerro ou cabra e tinham um custo muito elevado.
A palavra papel é originária do latim «papyrus». Nome dado a um vegetal da família «Cepareas» (Cyperua papyrus).
A invenção do papel feito de fibras vegetais é atribuída aos chineses. A invenção teria sido obra do ministro chinês da agricultura Tsai-Lun, no ano 123 antes de Cristo. A folha de papel fabricada na época seria feita pela fibra da Morus papyrifer, Kodzu e da erva chinesa «Boehmeria», além do bambu.
A primeira fábrica de papel no Brasil surge com a vinda da família real portuguesa. Localizada no Andaraí Pequeno (RJ), foi fundada entre 1808 e 1810 por Henrique Nunes Cardoso e Joaquim José da Silva. Em 1837 surge a indústria de André Gaillar, em 1841 a de Zeferino Ferrez e em 1889 a Indústria de Papel de Salto, atual Fedrigoni, a mais antiga em atividade na América Latina. Assim tudo começa e passamos a conviver com um dos produtos mais instigantes já inventados pelo homem.
Após a escolha de um sistema de impressão ou acabamento qualquer, a próxima decisão mais importante a ser tomada é a escolha do papel que será utilizado nesse sistema. A qualidade e beleza do produto acabado vai depender diretamente dessa decisão.
O desafio é adequar o melhor papel ao projeto proposto – aquele que melhor traduz o que foi criado e que vai ser impresso – o papel como parte da comunicação, não apenas suporte!
O mercado dispõe de inúmeros tipos diferentes de papéis, coloridos, texturizados, metalizados e as possibilidades de uso são imensas, com resultados surpreendentes. O que é preciso então? Conhecer bem todas as opções de papéis e suas características, a fim de melhor escolher o que te convém.
Como? Tendo acesso aos mostruários que os fabricantes disponibilizam no mercado. A Fedrigoni Brasil Papéis, com um showroom pensado exatamente para receber clientes que buscam conhecer melhor suas linhas de papéis, disponibiliza mostruários, fornece amostras para lay outs e provas de impressão, além de ter milhares de exemplos de materiais impressos. Assim, é quase impossível errar.
O próximo passo é ter noções de produção gráfica – cursos rápidos podem ajudar a ter uma visão mais acurada das possibilidades que o mercado gráfico proporciona. Saber diferenciar uma impressão Offset de uma Impressão Serigráfica ou Hot Stamping ou ainda a festejada volta da Tipografia e suas variações, como o Letterpress. Sem esquecer da impressão digital, com dados variáveis, que chega com tudo para resolver problemas de pequenas tiragens com qualidade e preço justo. Tudo isso parece simples, e é basta conhecer um pouco. E os acabamentos? Corte, vinco, relevos que são arte pura.
O mercado disponibiliza inúmeros cursos, mas visitar as gráficas e aprender com eles é bastante vantajoso além de uma oportunidade de conhecer aqueles que vão te atender na hora de produzir seu trabalho.
Conhecendo os papéis, tipos de impressão e produção gráfica, você já estará a um passo de fazer do seu projeto gráfico uma experiência positiva e enriquecedora – além disso, basta criatividade – mas isso você tem de sobra!
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Gerente de Backselling & Produto América Latina
Fedrigoni Brasil Papéis
A Fedrigoni Brasil Papéis é uma das apoiadoras do 31º Prêmio Design MCB