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Livro Maneiras de expor: arquitetura expositiva de Lina Bo Bardi

Livro Maneiras de expor: arquitetura expositiva de Lina Bo Bardi

Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, realiza o lançamento do livro Maneiras de expor: arquitetura expositiva de Lina Bo Bardi na noite de 25 de novembro. No âmbito do centenário de nascimento da arquiteta ítalo-brasileira, o MCB traz a publicação elaborada com base na pesquisa para a exposição homônima, que ficou em cartaz no museu entre 19 de agosto e 9 de novembro.

O livro contém ampla documentação iconográfica sobre a atuação de Lina Bo Bardi no universo expográfico, como desenhos, cartazes e fotos originais de mostras realizadas por ela, além de imagens das instalações reproduzidas na exposição no MCB. A partir de textos do curador da mostra Maneiras de expor, Giancarlo Latorraca, é traçado um roteiro por alguns pontos fundamentais experimentados pela arquiteta em sua primeira atuação profissional ainda na Itália e a chegada ao Brasil; outras “maneiras de expor” fora do ambiente museológico, com caráter mais comercial; sua contribuição ao “salto museológico” que representou o primeiro MASP da Rua 7 de Abril, fundamental para o estabelecimento das bases da museografia moderna no território brasileiro; o “projeto de civilização” exposto por meio da descoberta do potencial da cultura popular brasileira a partir do período que viveu na Bahia; a “revolução museográfica” do Museu de Arte de São Paulo com suas elaborações expositivas; e, por fim, as exposições do SESC Pompeia, com os grandes “painéis” sobre design e cultura do cotidiano.

A compreensão e contextualização de sua “obra expositiva” são complementadas por textos de especialistas: Lina: uma gráfica a contrapelo, de Chico Homem de Melo, que aborda o tema de comunicação gráfica complementar à atividade de comunicação expositiva; Gosto moderno: o design da exposição e a exposição do design, de Renato Anelli, que esclarece as origens desta atuação enraizadas na museografia moderna internacional; e a reflexão biográfica Lina Bo Bardi, curadora: Uma vida em montagem, de Zeuler Rocha M. de Almeida Lima.

“Maneiras de expor evidencia o reconhecimento da significativa e pioneira atuação de Lina Bo Bardi no campo museográfico, dentro e fora do país. A arquiteta possibilitava, por meio de seus projetos expográficos, o meio necessário para viabilizar o ambicioso modelo de novos museus”, escreve em um dos prefácios Marcelo Mattos Araujo, Secretário de Estado da Cultura. “Trata-se aqui de cumprirmos com o compromisso de resgatar essa trajetória, que abriu novos caminhos para outras práticas locais as quais, de certa forma, revisaram suas proposições, ampliando também as fronteiras entre forma e conteúdo possíveis na comunicação museológica ligada às múltiplas expressões da cultura brasileira.”

A publicação traz ainda as transcrições das entrevistas em vídeo que compuseram a mostra no MCB, com depoimentos de Alexandre Wollner, André Vainer, Edmar de Almeida, Marcelo Ferraz e Marcelo Suzuki. “Maneiras de expor, como a própria arquiteta definiu a experiência na área, traz a público seu esforço em apresentar uma visão penetrante na realidade dos fatos, na universalidade das coisas e fenômenos expostos, nas conquistas das artes e nas soluções técnicas coletivas”, afirma Giancarlo Latorraca. “Lina Bo Bardi apresentou o Brasil para os brasileiros, em uma conscientização crescente, a cada montagem, sobre o papel de formação intrínseco ao gesto de comunicar através de expor; noticiar! E isso ela fez de maneira poética, teatral e completa, integrada ao espaço arquitetônico. Ao público, o deleite estético nesse panorama sobre sua ‘arquitetura expositiva’, seus manifestos!”

Sobre a mostra Maneiras de expor: arquitetura expositiva de Lina Bo Bardi
A exposição, em cartaz no MCB entre 19 de agosto e 9 de novembro, reuniu desenhos, cartazes e fotos originais de exposições realizadas por Lina Bo Bardi. A partir da pesquisa feita em documentos e fotografias foram construídos expositores em escala, montando ambientações que transformaram as salas do MCB em modelos de aproximação de mostras como “Caipiras, Capiaus: pau-a-pique”, além das pinacotecas do MASP 7 de Abril e MASP Av. Paulista, incluindo seis exemplares dos famosos cavaletes de vidro.

O público visitante teve o suporte de textos selecionados para conduzir a leitura das imagens e dos desenhos, com trechos das apresentações e anotações da própria Lina Bo Bardi, divulgados à época do lançamento de cada trabalho. A mostra, que teve curadoria do diretor técnico do MCB Giancarlo Latorraca, continha ainda cinco entrevistas em vídeo feitas com personagens que simbolizam a interação profissional com a arquiteta na realização de sua obra ou através dela.

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Mar. al sol de 10 a.m. a 6 p.m.

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